Carlos Bernardo Bracher, artista multifacetado: é pintor, desenhista, escultor e gravador.

Em meados de 1959, frequentou a Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras, em sua cidade natal. Entre 1965 e 1966, em Belo Horizonte (MG), foi aluno de Fayga Ostrower, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estudou técnicas de mural e de mosaico com o Artista Inimá de Paula, na Escola Municipal de Belas Artes. No ano seguinte, foi reconhecido com o prêmio viagem ao exterior pelo Salão Nacional de Belas Artes (SNBA) do Rio de Janeiro. Foi para a Europa, estabelecendo-se em Paris e Lisboa, cidades onde estudou e participou de exposições nas galerias locais.

Bracher e seu retorno ao Brasil

Bracher retornou ao Brasil por volta dos anos 1970 e foi morar em Ouro Preto (MG). Para comemorar os 30 anos de seu trabalho, foi realizada, em 1989, uma retrospectiva intitulada Pintura Sempre, em São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. No ano seguinte, pintou uma série de quadros em homenagem ao centenário da morte do pintor holandês Vincent van Gogh, exposta em várias galerias e museus do Brasil e exterior.

Seu trabalho foi retratado em vários livros como Bracher, do crítico Olívio Tavares de Araújo, pela editora Métron, em 1989, e Bracher: Do Ouro ao Aço, pela editora Salamandra, em 1992. A arte de Bracher aproxima-se do expressionismo. As imagens são deformadas com pinceladas largas. Ao mesmo tempo, a produção dos anos 1960, indica admiração pelo cubismo apresentando grande simplificação formal, e na gama cromática predominam os tons frios.

A temática é a paisagem e a tentativa de compreendê-la, sejam os casarões de Minas Gerais, o Rio de Janeiro ou São Paulo, apresentam-se sempre carregadas de dramaticidade.

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