O pintor e desenhista, Inimá de Paula frequentou, a partir de 1937, o Núcleo Antônio Parreiras, em Juiz de Fora (MG). Três anos depois, mudou-se para o Rio de Janeiro onde participou das aulas de Argemiro Cunha, no Liceu de Artes e Ofícios.

Em 1944, foi para a Fortaleza (CE). Conheceu artistas locais e foi um dos criadores da Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP). Ao retornar ao Rio de Janeiro, em 1945, expôs seus trabalhos na galeria Askanasy ao lado de Aldemir Martins, Antonio Bandeira e Jean-Pierre Chabloz, Em 1948, com o apoio de Candido Portinari, fez sua primeira mostra individual no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/RJ). Em 1950, mais uma vez na galeria Askanasy, foi reconhecido com o prêmio de viagem nacionalpelo Salão Nacional de Belas Artes (SNBA) e , no ano seguinte, expôs na Bahia.

Em 1952, Inimá de Paula é agraciado com outro prêmio. Desta vez, com uma viagem ao exterior pelo Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM). Em Paris, entre 1954 e 1956, participou de cursos na Académie de la Grande Chaumière e na École Normale Supérieure des Beaux-Arts. Em seguida, foi a vez das aulas com André Lhote e Gino Severini.

Ao voltar para o Brasil, começou a fase de pinturas abstratas, algumas das quais estiveram presentes na 5ª Bienal de São Paulo. Na primeira metade dos anos 1960, mudou-se para Belo Horizonte retomando à pintura figurativa. Em 1998 foi criada a Fundação Inimá de Paula, em Belo Horizonte (MG).

Muitas dos trabalhos de Inimá de Paula são marcados pelas cores fortes e vibrantes como os vermelhos, azuis, amarelos e verdes que, segundo alguns, remetem às obras de Henri Matisse e ao expressionismo. Entretanto, os brancos e cinzas também fazem parte de suas telas, observadas nas paisagens urbanas de Santa Teresa, nas marinhas cearenses e nas paisagens mineiras.

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