Cukier é um apaixonado pelas artes que trocou a gastronomia pelo universo artístico, iniciando sua produção em 2011 com desenhos em lápis e pastel seco. Ao longo do tempo, incorporou à sua prática diversas técnicas, como caneta hidrográfica, guache, colagem, acrílica sobre tela e
pintura sobre madeira.
Sua obra carrega forte influência dos grandes nomes da arte cinética, como Victor Vasarely, Jesús Soto, Carlos Cruz-Diez, Yaacov Agam, Julio Le Parc, Dario Perez-Flores, Antonio Asis e Abraham Palatnik. Cukier teve o privilégio de frequentar os ateliers da maioria desses mestres, absorvendo diretamente suas visões e processos criativos — experiências que foram
determinantes para seu amadurecimento artístico e refinamento técnico.
Uma das principais inquietações de Cukier é provocar no espectador múltiplas leituras visuais a partir de uma mesma obra. Sua arte convida à interação ativa, revelando composições dinâmicas que se transformam conforme o ponto de vista de quem observa. O deslocamento do olhar — ora lateral, ora frontal — gera descobertas constantes, formas ocultas e efeitos ópticos que instigam a percepção.
Nas esculturas, essa relação se intensifica: a fruição plena só é possível com o envolvimento direto do público, criando uma conexão profunda entre obra, artista e observador — para além de uma simples contemplação, uma experiência sensorial e participativa.